Em meados do século XVIII, já os habitantes da Porcalhota e Falagueira ambicionavam ser abastecidos de água potável. A construção do Aqueduto das Águas Livres, na zona da Falagueira, conduziu à descoberta de uma pequena nascente.
Construiu-se, no local uma bica de perda que saía da parede do Aqueduto, com um tanque para utilização pública.
A localização do chafariz causou algum descontentamento e os habitantes da vizinha Porcalhota, desejando igualmente ser abastecidos, tentaram que a água fosse levada para um local mais próximo e central, pelo que solicitaram que a água fosse conduzida até à Estrada Real de Lisboa-Sintra e aí se construísse um novo chafariz.
Contudo, a Junta das Águas Livres informou a população que a água da nascente era insuficiente para ser levada até ao local pedido, para além da obra acarretar um grande custo. Assim resolveram os Poderes Públicos mandar construir a projetada bica da Falagueira.
Mais de meio século depois correu até que a Porcalhota visse satisfeito o seu legítimo desejo. A 20 de Julho de 1849, a Câmara Municipal de Lisboa deferiu finalmente um pedido feito neste sentido pelos habitantes locais.
O chafariz, com duas bicas, foi então construido em 1850, no cruzamento da Estrada da Falagueira com a Estrada Real de Lisboa-Sintra, atual Rua Elias Garcia.
O dia 29 de Outubro, data da sua inauguração foi solene e festivo, contando com a presença do Mestre Geral das Águas Livres, o Fiel do Partido do lugar, o Fiel de D. Maria, o escrivão do Juiz Eleito e os habitantes locais.
A primeira água começou a correr às 12:25, acompanhada do lançamento de foguetes e da manifesta alegria da população pelo acontecimento.
Mais tarde, nos anos 60, foi transferido, a Travessa da Conceição, perto da Estrada da Falagueira, onde se encontra atualmente.
(fonte: site da Câmara Municipal da Amadora)